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Foto: Reprodução |
O celular toca. Os olhos se abrem. Uma pausa para despertar. Uma Bíblia aberta. Uma leitura para começar. Este era o dia de tornar tudo diferente. Este era o dia de colocar em prática aquilo que havia planejado no dia anterior. Pedir forças a Deus, não seria fácil. Levanto da cama, escovo meus dentes. Naquele dia não iria usufruir de nenhum alimento até determinada hora, apenas de oração e mais leituras da Bíblia.
Chego ao computador refletindo em minha decisão; será que tinha feito bem? Decido realizar orações a cada uma hora e assim eu começo. Preciso de um novo estilo de vida, um que me leve para um caminho cada vez melhor. Oito horas. Hora de fazer a segunda oração do dia. Fecho os meus olhos e abro meu coração. Seria necessária muita força para sobreviver àquele dia.
Adianto alguns serviços do trabalho, mas sempre em mente minha necessidade. Começo a me sentir melhor, mais leve. O dia que parecia ser difícil, agora desponta uma esperança. Um sorriso é esboçado no rosto. Agora não há mais o que temer. A ansiedade aflora aguardando os próximos momentos de oração. Olho o relógio inúmeras vezes, esperando que este acelere e marque a próxima hora.
Mais uma vez fecho os meus olhos. Quando os abro, ouço a impressora ligar. Será? Sim, era um produto sendo vendido, o primeiro no mês. O coração se enche de alegria. Apenas havia começado aquele dia e parecia que minhas orações já estavam sendo respondidas. Preparo todo o material e levo o produto até uma agência dos Correios. Um cliente espera seu produto.
E assim as horas foram passando. A cada hora, a cada momento de oração, maior confiança de que dias melhores viriam. Sobrevivo ao almoço. Era o momento de me arrumar para receber os alunos. Espero quatro, aparecem dois. Cumprimento-os e aguardo-os saírem de suas aulas. Vem a notícia ruim. Uma aluna deixaria de frequentar as aulas. Como encarar esta situação?
As horas anteriores me fizeram acreditar e confiar em Deus, mais uma vez precisaria fazer isso. Era necessário seguir em frente e correr atrás do prejuízo. Continue encarando o dia de cabeça erguida. Não havia nada que pudesse fazer a não ser confiar. Nos meses anteriores, por mais difíceis que tiveram sidos, tudo acabou bem, sempre apresentando crescimento, precisava acreditar que mais uma vez isso aconteceria.
Por um momento teria que deixar essas preocupações de lado. Naquela noite era necessário sair de casa e comemorar os dezoito anos de uma prima. Em sua timidez, vejo a alegria em seus olhos em estar reunida em família para comemorar aquela data. Aquele tinha sido a melhor maneira de terminar um dia que nasceu para ser diferente. Terminá-lo em festa.
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