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Mostrando postagens de junho, 2009

Capítulo Dez - A Festa

Pedro, ao longo dos meses, recuperava-se. Frequentava, regularmente, a fisioterapia, seus ossos estavam se fortalecendo e não precisava mais das muletas para andar. Aos poucos foi deixando-as, passou para uma bengala até que não mais precisou de nada. Com o apoio de Marta sua recuperação tornou-se possível, esteve ao seu lado e deu-lhe forças para prosseguir, tinha muito a agradecer. Antes de o acidente acontecer, vinha planejando uma festa para sua amiga, agora, mais do que nunca, deveria colocar seus planos em ação. No dia anterior, combinou, com todos os funcionários, para não falar nada sobre a festa, pretendia fazer uma surpresa. Cumprimentá-la pelo aniversário estava liberado. A intenção era fazer-la achar que Pedro tinha esquecido. No dia esperado, a empresa contratada para realizar a festa dirigiu-se, em segredo, até o salão. Todos os funcionários, sabendo do horário marcado, na hora do almoço, foram, sem fazer barulho, ao local da festa. Pedro, como de costume, saiu de

Capítulo Nove - A Volta

Pedro passou alguns meses na casa de Marta antes de retirar todo aquele gesso. Foram dias úteis para reflexão e para passar com os filhos de sua amiga. Juntos aprenderam muito, até sentia vontade de ter seu próprio filho. Como não podia fazer tarefas domésticas, ajudava com dinheiro para comprar a feira, até mesmo pagando contas atrasadas. Passar aquele dias na casa da amiga foram muito emocionantes. Além de conviver e conhecer Marta, passou momentos de perigo. Durante uma noite, ouviu vários tiros, pessoas gritando. Quando colocou o rosto para fora da janela, viu um grupo de pessoas, e o bandido solto, em um tiroteio. Parentes do bandido gritavam pedindo para parar, mas os disparos só chegaram ao fim quando o mesmo levou o tiro da morte. Em poucos instantes a rua ficou repleta de pessoas para ver o que tinha acontecido. Seus antigos comparsas, e autores dos disparam, correram ao ver que tinha concluído o que vieram fazer. Toda aquela movimentação durou quase a noite toda. Final

Capítulo Oito - A Alta

Pedro permaneceu mais alguns dias no hospital, apesar dos ossos em recuperação, estava bem, mas os médicos pediram que ele permanece em observação. Marta, durante todos esses dias, esteve sempre ao seu lado, em todas as horas, tinha que brigar para que ela fosse para casa descansar. Queria ficar ao lado do amigo todo o tempo. - Marta, você tem família para criar, seus filhos precisam de você, seu marido também. - Eles estão com o pai e já são bem grandinhos, podem se virar sozinhos. Meu marido me compreende, não estaria aqui sem sua autorização. - Cuidado para ele não ficar com ciúmes e achar que estamos tendo um caso. – brincava. Marta tinha provado ser uma grande amiga, há muito tempo os dois trabalham juntos, aprenderam a conviver e a amar um ao outro. Era normal, entre eles, passarem festas juntos, viajarem juntos como dois irmãos, apesar da diferença de idade entre eles. Um enorme carinho havia entre os dois. Os dias que passou no hospital foram terríveis, apesar do b

Capítulo Sete - O Hospital

Pedro tentava abrir seus olhos, mas estavam muito pesados. O som ao seu redor parecia diminuir, tentou se mexer, suas tentativas eram inúteis. Seus membros estavam presos e alguns ele não conseguia sentir. A dor tomava conta da situação, estava com medo de que algo grave lhe acontecesse. O que estava acontecendo? O mundo parara, não ouvia nem sentia nada, ficara aliviado, parecia que tudo aquilo era um sonho e a qualquer momento acordaria e estaria pronto para mais uma jornada de trabalho. O carro mexera, balançando um pouco, tentou abrir os olhos e tentar entender o que estava acontecendo ali com ele. Conseguiu ver alguns borrões, pareciam pessoas, era difícil distinguir. Algumas pareciam estar bem próximas, outras mais distantes. Todos estavam ao seu redor, curiosos para saber o que tinha acontecido. - Afastem-se! – uma voz ecoou. Estava acontecendo algo difícil, em meio à circunstância. O sangue corria sobre seu rosto, apesar de não o ver, notara que era. Parecia haver algu

Capítulo Seis - O Acidente

Pedro, voltando do almoço, precisava colocar algumas contas em dias. Por isso, todo o necessário para ser feito na empresa, teria que ser feito logo. Com o auxilio de Marta, arrumou as papeladas, resolveu problemas de funcionários e ainda teve tempo de um telefonema para uma doceira, planejava fazer uma festa surpresa para a secretária. Terminado tudo, saiu, antes de todos, para encontrar o correio aberto e alguns bancos. Pegou seu carro e saiu. O trânsito tranquilo da região fazia-o relaxar. Pegou um CD, colocou-o e, enquanto dirigia, ouvia uma belíssima música. O barulho do lado de fora era abafado pelos vidros fechados e o volume em que o som estava ligado, não tão alto. A quantidade de pedestre ia aumentando, o fim do expediente das empresas estava chegando ao fim. Em alguns semáforos, mesmo aberto para prosseguir, Pedro tinha que esperar todos passarem. As ruas desertas transformavam em formigueiros. A quantidade de gente só crescia, saiam de todos os lugares. Quando se a