Pedro ficou bastante satisfeito com o desempenho da empresa. Há alguns meses o saldo é positivo e está muito longe de ficar negativo. Nathan estava desempenhando um trabalho incrível, não havia nenhum problema judicial e, economicamente, superou o ano anterior. Tudo estava indo muito bem, Pedro conseguiu esquecer Sônia e agora tudo não passava de uma alegre lembrança que, em reuniões com os amigos, gostava de relembrar-se rindo de tudo o que tinha passado.
Uma semana após a inauguração das novas instalações, Pedro decidiu comer no restaurante que estava habituado a ir, mas tinha deixado devido ao número de compromissos. Convidou Nathan e Marta para acompanhar-lhe, mas os dois recusaram, Marta iria almoçar com sua família e Nathan ficaria um pouco mais na empresa, depois faria um rápido lanche.
Sem companhia, foi sozinho ao local, este estava cheio. Acostumado a frequentar naquele horário e sempre encontrá-lo, praticamente, vazio, espantou-se ao ver a quantidade de pessoas. Um garçom, que conhecia-o, foi até sua presença para mostrar-lhe uma mesa vazia, tarefa difícil por causa da quantidade de pessoas. O garçom percorreu por todo o estabelecimento até que encontrou uma mesa, lá no fundo, chamou Pedro, que sentou logo para não perder aquela vaga.
Feito seu pedido, ficou aguardando, enquanto esperava olhava ao seu redor. Todas as mesas, ao seu redor, estavam com mais de duas pessoas, eram amigos, companheiros de negócios e namorados. Parou a olhar um casal a sua direita, estavam se beijando, tinham uma aliança no dedo e pareciam estar muito feliz. Aquela cena fez-lo lembrar o pedido, imaginava como estaria hoje se estivesse casado com Sônia. Talvez estivesse feliz.
O garçom voltou trazendo sua comida, estava deliciosa. Desfrutava cada pedaço e cada momento era precioso, com as novas instalações seus problemas dobraram, parecia estar cuidando de duas empresas ao mesmo tempo. Quando estava próximo de terminar, percebeu uma moça olhando-o muito. Ficou desconfiado e de relance olhava-a, tentando descobrir o motivo daqueles olhares.
Apesar de ter terminado seu almoço, estando satisfeito, ficou enrolando com o resto que sobrara. A mulher não parou, após encontrá-lo, de olhá-lo. Pensou em levantar-se para falar com ela, mas teve medo. Aquela mulher poderia ser uma isca para roubá-lo. Antes que ele tentasse qualquer coisa, a moça levantou e veio até sua direção.
- Com licença...
- Pois não. – falou meio desconfiado.
- Não pude evitar de notar, mas acho que conheço-o.
- Conhece?!
Agora que ela falara haver possibilidade de conhecê-lo, Pedro olhou-a mais detalhadamente, até que aquele rosto parecia familiar a sua mente. Não conseguia lembrar-se de onde, mas quanto mais a olhava, mais parecia que conhecia-a.
- Você é Pedro?
- Sim. Por quê?
- Então é você mesmo. Não se lembra de mim, sou Ana, estudamos juntos.
- Claro!
Ana e Pedro estudaram juntos por muito tempo. Pedro sempre fora um garoto tímido e Ana era a mais popular no colégio. Continuava parecida, estava linda como sempre, seus cabelos loiros e compridos continuavam iguais, sempre teve porte para ser modelo. Durante alguns anos, na época de escola, começou a atuar como modelo, provavelmente continuava até hoje.
- Como você mudou. Está mais forte, mais elegante, mais bonito.
- Obrigado. – agradeceu timidamente.
- O que você tem feito?
- Sou dono de uma empresa.
- Nossa! Parabéns!
- Na verdade herdei-a do meu pai quando este faleceu.
- Sinto muito. Mas dar continuidade num negócio não é fácil, principalmente nesses tempos onde há tanta concorrência.
- É verdade. Há alguns meses passei por um momento muito ruim, onde quase não havia lucro, mas conseguimos superar.
Ana estava admirada, não imaginava que aquele garoto tímido hoje seria dono de uma empresa, bem sucedido. Pedro ficava imaginando que ela continuara sua carreira de modelo iniciada nos tempos de escola, por isso nunca mais teve notícias suas. Provavelmente vivia viajando conhecendo o mundo todo.
- E você? O que anda fazendo? Continua sua carreira de modelo?
Ana riu.
- Não. Parei antes mesmo de entrar no ensino médio.
- Você continua lindíssima, com corpo e rosto de uma modelo.
- Obrigada. Mas agora sou uma médica. Trabalho em um hospital aqui perto.
- Que mudança. Aquela menina que tinha medo de quebrar as unhas agora mela a roupa de sangue.
Os dois riram.
- Até hoje ainda tenho medo de quebrá-las. – brincou. – Quando vamos crescendo, vamos amadurecendo e vemos que há outras coisas que são mais importantes que beleza e uma unha.
- Apesar de não ser médico, gosto muito de cuidar das pessoas, cuidar dos meus amigos. Tenho um amigo americano que está aqui no Brasil há quase um ano, mas não permito que ele saia da minha casa, mesmo hoje tendo condições de comprar a sua própria. Todos os meus amigos trato como se fossem meus parentes.
- Isso é muito bom. Nos momentos mais difíceis sempre poderemos contar com essas pessoas.
- Eu já precisei deles e eles não me abandonaram.
- Devido a minha profissão, tem se tornado uma tarefa difícil encontrar amigos. Passado quase todo o dia todos os dias naquele hospital. Meus amigos são meus companheiros de trabalho, nossa diversão é conversar durante nossos plantões.
Pedro riu.
- Vida agitada.
Ana olhou para o relógio e espantou-se com a hora.
- Desculpe-me, mas estou atrasada, tenho que ir. Precisamos marcar um novo encontro. Foi muito bom lhe ver.
- Seria ótimo, há tanto tempo não nos vemos que assunto não vai faltar.
- Tome meu cartão.
[...]
Uma semana após a inauguração das novas instalações, Pedro decidiu comer no restaurante que estava habituado a ir, mas tinha deixado devido ao número de compromissos. Convidou Nathan e Marta para acompanhar-lhe, mas os dois recusaram, Marta iria almoçar com sua família e Nathan ficaria um pouco mais na empresa, depois faria um rápido lanche.
Sem companhia, foi sozinho ao local, este estava cheio. Acostumado a frequentar naquele horário e sempre encontrá-lo, praticamente, vazio, espantou-se ao ver a quantidade de pessoas. Um garçom, que conhecia-o, foi até sua presença para mostrar-lhe uma mesa vazia, tarefa difícil por causa da quantidade de pessoas. O garçom percorreu por todo o estabelecimento até que encontrou uma mesa, lá no fundo, chamou Pedro, que sentou logo para não perder aquela vaga.
Feito seu pedido, ficou aguardando, enquanto esperava olhava ao seu redor. Todas as mesas, ao seu redor, estavam com mais de duas pessoas, eram amigos, companheiros de negócios e namorados. Parou a olhar um casal a sua direita, estavam se beijando, tinham uma aliança no dedo e pareciam estar muito feliz. Aquela cena fez-lo lembrar o pedido, imaginava como estaria hoje se estivesse casado com Sônia. Talvez estivesse feliz.
O garçom voltou trazendo sua comida, estava deliciosa. Desfrutava cada pedaço e cada momento era precioso, com as novas instalações seus problemas dobraram, parecia estar cuidando de duas empresas ao mesmo tempo. Quando estava próximo de terminar, percebeu uma moça olhando-o muito. Ficou desconfiado e de relance olhava-a, tentando descobrir o motivo daqueles olhares.
Apesar de ter terminado seu almoço, estando satisfeito, ficou enrolando com o resto que sobrara. A mulher não parou, após encontrá-lo, de olhá-lo. Pensou em levantar-se para falar com ela, mas teve medo. Aquela mulher poderia ser uma isca para roubá-lo. Antes que ele tentasse qualquer coisa, a moça levantou e veio até sua direção.
- Com licença...
- Pois não. – falou meio desconfiado.
- Não pude evitar de notar, mas acho que conheço-o.
- Conhece?!
Agora que ela falara haver possibilidade de conhecê-lo, Pedro olhou-a mais detalhadamente, até que aquele rosto parecia familiar a sua mente. Não conseguia lembrar-se de onde, mas quanto mais a olhava, mais parecia que conhecia-a.
- Você é Pedro?
- Sim. Por quê?
- Então é você mesmo. Não se lembra de mim, sou Ana, estudamos juntos.
- Claro!
Ana e Pedro estudaram juntos por muito tempo. Pedro sempre fora um garoto tímido e Ana era a mais popular no colégio. Continuava parecida, estava linda como sempre, seus cabelos loiros e compridos continuavam iguais, sempre teve porte para ser modelo. Durante alguns anos, na época de escola, começou a atuar como modelo, provavelmente continuava até hoje.
- Como você mudou. Está mais forte, mais elegante, mais bonito.
- Obrigado. – agradeceu timidamente.
- O que você tem feito?
- Sou dono de uma empresa.
- Nossa! Parabéns!
- Na verdade herdei-a do meu pai quando este faleceu.
- Sinto muito. Mas dar continuidade num negócio não é fácil, principalmente nesses tempos onde há tanta concorrência.
- É verdade. Há alguns meses passei por um momento muito ruim, onde quase não havia lucro, mas conseguimos superar.
Ana estava admirada, não imaginava que aquele garoto tímido hoje seria dono de uma empresa, bem sucedido. Pedro ficava imaginando que ela continuara sua carreira de modelo iniciada nos tempos de escola, por isso nunca mais teve notícias suas. Provavelmente vivia viajando conhecendo o mundo todo.
- E você? O que anda fazendo? Continua sua carreira de modelo?
Ana riu.
- Não. Parei antes mesmo de entrar no ensino médio.
- Você continua lindíssima, com corpo e rosto de uma modelo.
- Obrigada. Mas agora sou uma médica. Trabalho em um hospital aqui perto.
- Que mudança. Aquela menina que tinha medo de quebrar as unhas agora mela a roupa de sangue.
Os dois riram.
- Até hoje ainda tenho medo de quebrá-las. – brincou. – Quando vamos crescendo, vamos amadurecendo e vemos que há outras coisas que são mais importantes que beleza e uma unha.
- Apesar de não ser médico, gosto muito de cuidar das pessoas, cuidar dos meus amigos. Tenho um amigo americano que está aqui no Brasil há quase um ano, mas não permito que ele saia da minha casa, mesmo hoje tendo condições de comprar a sua própria. Todos os meus amigos trato como se fossem meus parentes.
- Isso é muito bom. Nos momentos mais difíceis sempre poderemos contar com essas pessoas.
- Eu já precisei deles e eles não me abandonaram.
- Devido a minha profissão, tem se tornado uma tarefa difícil encontrar amigos. Passado quase todo o dia todos os dias naquele hospital. Meus amigos são meus companheiros de trabalho, nossa diversão é conversar durante nossos plantões.
Pedro riu.
- Vida agitada.
Ana olhou para o relógio e espantou-se com a hora.
- Desculpe-me, mas estou atrasada, tenho que ir. Precisamos marcar um novo encontro. Foi muito bom lhe ver.
- Seria ótimo, há tanto tempo não nos vemos que assunto não vai faltar.
- Tome meu cartão.
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