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Capítulo Vinte e Um - A Caminhada | Parte 2

[...]
Pedro, antes mesmo de sentar-se, convidou-a para dançar. Apesar da timidez, aceitou seu convite. A pista de dança estava cheia, mas conseguiram encontrar uma brecha. A música estava animada e os dois dançaram muito. Ana estava se divertindo muito e Pedro estava feliz por está ali com ela. Após alguns minutos de dança, os dois voltaram à mesa.
- Obrigada Pedro!
- Pelo quê?
- Por ajudar-me a divertir-me tanto.
Pedro riu. Ana tinha razão, eles estavam se divertindo muito. Alguns conhecidos de Pedro sentaram-se com eles e ficaram conversando. Pedro os conhecia de negócios que tinham feito, Ana ria com as piadas contadas por alguns, outros eram mais sérios, mas também tinham uma piada a contar.
Já estava um pouco tarde quando os dois se retiraram. Saindo dali foram caminhar um pouco, perto daquele local havia um parque. Ana, apesar de estar cansada, parecia muito feliz, tinha se divertido, devido à profissão, ficara sem tempo para festejar.
- Ana. Quando estávamos no hospital, aquele…
Mas não conseguiu terminar, Ana o beijou. Este foi muito diferente do primeiro, foi muito melhor. Pedro a abraçou retribuindo o beijou. O local estava quase deserto, apenas com alguns casais que também aproveitavam o luar.
- Quando reencontrei-o, sentia algo diferente, por isso insisti tanto em estar sempre nos encontrando.
- Pensei que era apenas para reencontrar amigos dos seus bons tempos de escola.
- Realmente foram bons meus dias na escola, mas ao ver-lhe, foi diferente de quando vi nossos outros colegas.
Os dois pararam de conversar e continuaram beijando-se. Aquela noite foi muito agradável para ambos. Tinham se divertido, dançado, beijado, estavam muito felizes. Pedro deixou Ana em casa, morava em um apartamento com uma amiga. Despediram-se com mais um beijo, Pedro esperou ela entrar para voltar para casa.
Quando chegou a casa, encontrou Nathan acordado, estava com insônia. Aproveitou a oportunidade para contar-lhe tudo daquela noite, o amigo parabenizou-o. Depois que terminara com Sônia, tinha ficado em grande depressão amorosa, mas agora parecia outro homem. Em seu rosto havia felicidade.
- Fico feliz por você.
Apesar de falar de felicidade, não demonstrava estar muito feliz.
- Nathan. Está acontecendo algo? Você não está mais gostando de ficar aqui.
- Não é isso. Faz muito tempo que não falo com meus pais, não sei se algo aconteceu com eles. Isso está me preocupando muito.
- Não aconteceu nada. Se precisar de algo, de qualquer coisa, pode pedir.
- Obrigado meu amigo.
Apesar da preocupação com amigo, foi dormir deixando-o sozinho na cozinha, estava muito pensativo. Pedro estava tão cansado que, após o banho, apenas deitou na cama que seus olhos se fecharam. Seu corpo nunca tinha se divertido tanto que ficara exausto. Deitar naquela cama foi um alívio.
No domingo não se encontrou com Ana, ela teria plantão e teria que ficar em casa para descansar. Abrira seu consultório recentemente, então teria que fazer alguns plantões no hospital onde trabalhava para conseguir mais dinheiro até ficar independente. Pedro, no domingo, levou Nathan para sair, queria animar o amigo, fazê-lo esquecer os problemas, seria uma forma de retribuir tudo que tinha feito.
Nathan conheceu algumas mulheres, mas uma chamou-lhe bastante atenção. Eles passaram bom tempo conversando, até que, por iniciativa dela, os dois se beijaram. Pedro se retirou para deixá-los mais a vontade. Como estavam no mesmo carro, combinou de encontrar-se dentro de algumas horas.
Quando chegou ao trabalho na segunda-feira, Marta ficou curiosa para saber tudo que tinha acontecido na noite de sábado. Pedro brincou com ela, mas depois contou. Marta era uma grande amiga e não gostava de manter segredo, contava tudo o que acontecia em sua vida. Assim com Nathan, Marta ficou feliz. Seu amigo sofrera muito por causa de um romance, agora parecia encontrar, novamente, a felicidade.

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