Pedro não conseguia esquecer aquele momento. A lembrança daquele beijo permaneceu em sua mente durante todo o domingo e até na segunda-feira ao ir trabalhar. Chegou à empresa cantarolando, Marta, imaginando o motivo, correu até sua sala para saber o que havia acontecido. Passara todo o fim de semana curiosa, Pedro, até então, não tinha conversando com ela.
- Beijei-a.
Marta ficou animadíssima, sua satisfação era ver seu amigo feliz. Após muita insistência, Pedro contou tudo que ocorrera. Sentia-se maravilhado, aquele beijo transmitiu uma série de sentimentos e desejos e despertara uma paixão entre os dois. Sônia, até aquele momento, ainda não tinha aparecido em sua sala, estava ansioso para vê-la. Queria ver sua reação após o beijo, não tinha se encontrado mais, então a curiosidade era tremenda.
- Fico muito feliz por você meu amigo, espero que esse relacionamento continue por muito mais tempo e quem sabe não sai um casamento. – disse antes de sair.
- Casamento?! Não penso nisso, não nesse momento.
Como de costume, toda segunda-feira umas das primeiras tarefas para o dia era checar seu correio eletrônico. Durante o fim de semana não o abria, só durante a semana enquanto estava na empresa. Havia muitas mensagens novas, de pessoas interessadas em ser contratadas, muita propaganda, mas uma chamou-lhe a atenção. Uma mensagem de um amigo que não via há muito tempo.
What’s up my friend!
How long we talking? I was too busy finishing the college, get a good job, but had difficulties because the company was in a nearby town and the costs were high.
I will be going to visit, hope to place in your home, I arrive on Monday, December 23, at three o'clock in the afternoon.
See you later…
Nathan
Pedro se assustou apesar de estar feliz com a mensagem. Conhecera Nathan quando foi estudar nos Estados Unidos, os dois estudaram juntos e cursaram, durante um ano, a mesma faculdade. Mas sua surpresa foi maior ao ver a data de sua chegada, seria nessa segunda-feira e não havia planejado nada. Ligou para Marta.
- Cancele qualquer compromisso que houver para esta tarde, terei que sair mais cedo.
- Farei isso, mas hoje teria uma reunião com os operários.
- Vamos ter que adiar, depois procuro outra data, isso se esse mês conseguirmos realizá-la, talvez terá que ser para o ano que vem.
Pela manhã teria que resolver todos os problemas e todas as atividades agendadas para aquele dia, por isso decidiu adiantar a reunião e logo realizá-la, não poderia demorar em fazê-la. Antes de a reunião começar, foi até a sala de Sônia, estava ansioso para vê-la e ela não tinha ido à sua sala em nenhum momento. Quando o viu, Sônia se levantou e beijou-o, passaram alguns minutos abraçados e beijando-se. Parou alguns momentos para admirar a beleza, estava muito feliz e sentia-se alegre por tê-la em seus braços. Não lembrava como era bom estar abraçado com alguém que você ama, então aproveitou aqueles momentos como se fossem os últimos.
- Hoje teremos uma companhia em nosso encontro.
- Companhia?! Por quê?
- Acabei de ler uma mensagem. Um amigo, americano, está vindo me visitar e ficará na minha casa, terei que levá-lo
Sônia, apesar de ter concordado, não gostou muito da idéia. Queria tê-lo, naquela noite, só para ela e como aqueles eram seus primeiros dias de relacionamento, seria bom que passassem sozinhos. Despedindo-se, saiu para ir até a reunião, que aconteceu no galpão onde eram realizados os trabalhos dos funcionários que iria conversar.
- Marquei essa reunião mais para passar uma informação que não é muito agradável.
Todos murmuraram. Marta, ao seu lado, pedia para calarem-se, pois, quanto antes falasse, mais rápido terminaria e chegariam logo a uma conclusão aceitável a todos. Os funcionários, ao ouvirem aquela primeira frase, ficaram temerosos imaginando tudo o que podia acontecer.
- No início deste mês começamos a passar por um momento difícil, as vendas dos produtos diminuíram muito, o dinheiro arrecadado quase não dá para liquidar as dívidas. Provavelmente não será possível dar-lhes o aumento combinado no início deste ano.
O murmúrio aumentou.
- Espero que vocês compreendam, pois não há o que fazer. Não sei se haverá condições de manter todos vocês, espero que sim, mas se a situação permanecer...
- Você irá nos demitir?! Que vamos fazer?!
- Calma. Ainda não é tempo de se alarmar. Estamos trabalhando para que isso não ocorra. Esperamos que nesse novo ano a situação melhore e assim pagaremos o aumento que prometemos. O aumento não será possível no mês prometido, mas talvez em Fevereiro ou Março.
Muitos funcionários ficaram revoltados e saíram atrás de Pedro para reclamarem, outros aceitaram e conformaram-se, continuariam a trabalhar e assim ajudar seu patrão a recuperar. Rapidamente os dispensou. Alguns considerados, entre eles, os melhores, ameaçaram sair caso ele não desse aumento. Com esses, Pedro marcou uma reunião privada no dia seguinte. Preferia ter uma conversa direta.
Pegou o carro e saiu correndo, estava aproximando o horário, nem parou para almoçar, achou melhor esperar Nathan e almoçarem juntos. O trânsito, devido ao horário de almoço, estava congestionado, custou muito até conseguir chegar ao aeroporto. Logo que chegou, correu para um balcão a fim de encontrar informações sobre o vôo do amigo, para sua sorte, não havia chegado, tinha atrasado.
Sentou para esperar, ficou algumas horas. Após quase duas horas de espera, pois chegaria às catorze horas, o vôo chegou às dezesseis. Levantou-se e correu para o portão, muita gente saia, devido à época do ano, a cidade estava repleta de turistas e muitas pessoas, que moram foram, vinham visitar seus parentes. Muitos abraços, beijos, gente falando alto ao reencontrar amigos e parentes.
Só que Pedro começou a achar que lera a mensagem errado, todos tinham saído e nenhuma sinal de Nathan, ficou mais alguns minutos, mas nada. Virou para ir embora, ficara triste, gostaria muito de rever seu amigo tão querido, juntos haviam passados por bons momentos. Reencontrá-lo naquele momento seria ótimo, estava precisando da companhia, e opinião, de um homem. Deu alguns passos quando ouviu uma voz:
- Pedrou.
Rapidamente virou-se e para sua surpresa Nathan estava parado rindo, voltou e abraçou-o fortemente. Estava do mesmo jeito, parecia nem ter envelhecido. Pedro pegou seu carrinho com as malas para ajudá-lo e juntos saíram daquele local. Pedro não conseguia parar de rir, olhava constantemente para ele sem acreditar que aquilo era verdade.
- Hey my friend.
- I’m so happy in see you.
- Achou que éu nao viria?
- Nossa! Você aprendeu a falar português!
- Yes! Ainda estóu com muita dificuldade. Pratiquéi com alguns brasileiros.
No aeroporto havia um restaurante muito sofisticado, sua comida era famosa em toda a cidade. Como era hora do almoço e não tinha comido, provavelmente Nathan também não, aproveitaram para ficar ali mesmo. A garçonete, educadamente, dirigiu-se a eles, sugeriu algumas comidas, depois se retirou.
- Como foi sua viagem?
- Múito boa, mas cansativa.
- Fiquei bastante surpreso ao ler a mensagem. Você a mandou na sexta-feira, mas eu só a vi hoje. Tive que correr para chegar aqui.
Nathan riu. Quando Pedro falava, olhava para seus lábios, para não perder nenhuma palavra, ainda tinha algumas dificuldades.
- Nois fez uma escala. Havia muita chuva, por isso o voo se atrasou.
- Isso foi bom, pelo menos tive tempo de chegar. Por que você foi o último a chegar.
- Uma bagagem minha tinha se perdido, não pude levá-la comigo em cima, então despacharam, estava esperando chegar.
A conversar durou todo o almoço, mas ainda havia muito que falar. Foram até o carro, Pedro guardou suas malas. Enquanto iam para casa conversavam para por o assunto em dia, fazia alguns anos que não se viam, tinham muito a falar. Nathan estava falando bem o português, apesar de algumas dificuldades e o forte sotaque de estrangeiro. Admirava-se com tudo que via, era sua primeira visita ao país, estava achando tudo que via perfeito. O céu estava lindo e ficou admirado ao vê-lo. Passando pela praia, ficou encantado.
- Beijei-a.
Marta ficou animadíssima, sua satisfação era ver seu amigo feliz. Após muita insistência, Pedro contou tudo que ocorrera. Sentia-se maravilhado, aquele beijo transmitiu uma série de sentimentos e desejos e despertara uma paixão entre os dois. Sônia, até aquele momento, ainda não tinha aparecido em sua sala, estava ansioso para vê-la. Queria ver sua reação após o beijo, não tinha se encontrado mais, então a curiosidade era tremenda.
- Fico muito feliz por você meu amigo, espero que esse relacionamento continue por muito mais tempo e quem sabe não sai um casamento. – disse antes de sair.
- Casamento?! Não penso nisso, não nesse momento.
Como de costume, toda segunda-feira umas das primeiras tarefas para o dia era checar seu correio eletrônico. Durante o fim de semana não o abria, só durante a semana enquanto estava na empresa. Havia muitas mensagens novas, de pessoas interessadas em ser contratadas, muita propaganda, mas uma chamou-lhe a atenção. Uma mensagem de um amigo que não via há muito tempo.
What’s up my friend!
How long we talking? I was too busy finishing the college, get a good job, but had difficulties because the company was in a nearby town and the costs were high.
I will be going to visit, hope to place in your home, I arrive on Monday, December 23, at three o'clock in the afternoon.
See you later…
Nathan
Pedro se assustou apesar de estar feliz com a mensagem. Conhecera Nathan quando foi estudar nos Estados Unidos, os dois estudaram juntos e cursaram, durante um ano, a mesma faculdade. Mas sua surpresa foi maior ao ver a data de sua chegada, seria nessa segunda-feira e não havia planejado nada. Ligou para Marta.
- Cancele qualquer compromisso que houver para esta tarde, terei que sair mais cedo.
- Farei isso, mas hoje teria uma reunião com os operários.
- Vamos ter que adiar, depois procuro outra data, isso se esse mês conseguirmos realizá-la, talvez terá que ser para o ano que vem.
Pela manhã teria que resolver todos os problemas e todas as atividades agendadas para aquele dia, por isso decidiu adiantar a reunião e logo realizá-la, não poderia demorar em fazê-la. Antes de a reunião começar, foi até a sala de Sônia, estava ansioso para vê-la e ela não tinha ido à sua sala em nenhum momento. Quando o viu, Sônia se levantou e beijou-o, passaram alguns minutos abraçados e beijando-se. Parou alguns momentos para admirar a beleza, estava muito feliz e sentia-se alegre por tê-la em seus braços. Não lembrava como era bom estar abraçado com alguém que você ama, então aproveitou aqueles momentos como se fossem os últimos.
- Hoje teremos uma companhia em nosso encontro.
- Companhia?! Por quê?
- Acabei de ler uma mensagem. Um amigo, americano, está vindo me visitar e ficará na minha casa, terei que levá-lo
Sônia, apesar de ter concordado, não gostou muito da idéia. Queria tê-lo, naquela noite, só para ela e como aqueles eram seus primeiros dias de relacionamento, seria bom que passassem sozinhos. Despedindo-se, saiu para ir até a reunião, que aconteceu no galpão onde eram realizados os trabalhos dos funcionários que iria conversar.
- Marquei essa reunião mais para passar uma informação que não é muito agradável.
Todos murmuraram. Marta, ao seu lado, pedia para calarem-se, pois, quanto antes falasse, mais rápido terminaria e chegariam logo a uma conclusão aceitável a todos. Os funcionários, ao ouvirem aquela primeira frase, ficaram temerosos imaginando tudo o que podia acontecer.
- No início deste mês começamos a passar por um momento difícil, as vendas dos produtos diminuíram muito, o dinheiro arrecadado quase não dá para liquidar as dívidas. Provavelmente não será possível dar-lhes o aumento combinado no início deste ano.
O murmúrio aumentou.
- Espero que vocês compreendam, pois não há o que fazer. Não sei se haverá condições de manter todos vocês, espero que sim, mas se a situação permanecer...
- Você irá nos demitir?! Que vamos fazer?!
- Calma. Ainda não é tempo de se alarmar. Estamos trabalhando para que isso não ocorra. Esperamos que nesse novo ano a situação melhore e assim pagaremos o aumento que prometemos. O aumento não será possível no mês prometido, mas talvez em Fevereiro ou Março.
Muitos funcionários ficaram revoltados e saíram atrás de Pedro para reclamarem, outros aceitaram e conformaram-se, continuariam a trabalhar e assim ajudar seu patrão a recuperar. Rapidamente os dispensou. Alguns considerados, entre eles, os melhores, ameaçaram sair caso ele não desse aumento. Com esses, Pedro marcou uma reunião privada no dia seguinte. Preferia ter uma conversa direta.
Pegou o carro e saiu correndo, estava aproximando o horário, nem parou para almoçar, achou melhor esperar Nathan e almoçarem juntos. O trânsito, devido ao horário de almoço, estava congestionado, custou muito até conseguir chegar ao aeroporto. Logo que chegou, correu para um balcão a fim de encontrar informações sobre o vôo do amigo, para sua sorte, não havia chegado, tinha atrasado.
Sentou para esperar, ficou algumas horas. Após quase duas horas de espera, pois chegaria às catorze horas, o vôo chegou às dezesseis. Levantou-se e correu para o portão, muita gente saia, devido à época do ano, a cidade estava repleta de turistas e muitas pessoas, que moram foram, vinham visitar seus parentes. Muitos abraços, beijos, gente falando alto ao reencontrar amigos e parentes.
Só que Pedro começou a achar que lera a mensagem errado, todos tinham saído e nenhuma sinal de Nathan, ficou mais alguns minutos, mas nada. Virou para ir embora, ficara triste, gostaria muito de rever seu amigo tão querido, juntos haviam passados por bons momentos. Reencontrá-lo naquele momento seria ótimo, estava precisando da companhia, e opinião, de um homem. Deu alguns passos quando ouviu uma voz:
- Pedrou.
Rapidamente virou-se e para sua surpresa Nathan estava parado rindo, voltou e abraçou-o fortemente. Estava do mesmo jeito, parecia nem ter envelhecido. Pedro pegou seu carrinho com as malas para ajudá-lo e juntos saíram daquele local. Pedro não conseguia parar de rir, olhava constantemente para ele sem acreditar que aquilo era verdade.
- Hey my friend.
- I’m so happy in see you.
- Achou que éu nao viria?
- Nossa! Você aprendeu a falar português!
- Yes! Ainda estóu com muita dificuldade. Pratiquéi com alguns brasileiros.
No aeroporto havia um restaurante muito sofisticado, sua comida era famosa em toda a cidade. Como era hora do almoço e não tinha comido, provavelmente Nathan também não, aproveitaram para ficar ali mesmo. A garçonete, educadamente, dirigiu-se a eles, sugeriu algumas comidas, depois se retirou.
- Como foi sua viagem?
- Múito boa, mas cansativa.
- Fiquei bastante surpreso ao ler a mensagem. Você a mandou na sexta-feira, mas eu só a vi hoje. Tive que correr para chegar aqui.
Nathan riu. Quando Pedro falava, olhava para seus lábios, para não perder nenhuma palavra, ainda tinha algumas dificuldades.
- Nois fez uma escala. Havia muita chuva, por isso o voo se atrasou.
- Isso foi bom, pelo menos tive tempo de chegar. Por que você foi o último a chegar.
- Uma bagagem minha tinha se perdido, não pude levá-la comigo em cima, então despacharam, estava esperando chegar.
A conversar durou todo o almoço, mas ainda havia muito que falar. Foram até o carro, Pedro guardou suas malas. Enquanto iam para casa conversavam para por o assunto em dia, fazia alguns anos que não se viam, tinham muito a falar. Nathan estava falando bem o português, apesar de algumas dificuldades e o forte sotaque de estrangeiro. Admirava-se com tudo que via, era sua primeira visita ao país, estava achando tudo que via perfeito. O céu estava lindo e ficou admirado ao vê-lo. Passando pela praia, ficou encantado.
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