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Capítulo Treze - A Ceia

Pedro estava muito feliz, vivia um grande relacionamento e estava na companhia de um grande amigo. O natal, uma época aguardada por todos, tinha chegado, como de costume, no dia vinte e quatro haveria expediente, mas no dia vinte e cinco não. O natal era uma época mágica, pois unia a todos. Inimigos faziam amizade, rico ajudava pobre e, pelo menos durante um dia, o mundo parecia melhorar.
Para compartilhar essa felicidade, planejou uma ceia entre família, sua família era seus amigos mais chegados. Convidou Marta e sua família, Nathan, que já estava com ele, e Sônia, que não poderia deixar de participar. Todos aceitaram, apesar do convite ter sido feito no próprio dia da ceia. Naquele dia não fez muito trabalho, ligou para diversos profissionais para contratar um para preparar a refeição, já que não teria tempo para fazer uma. Havia muito Buffet renomado, mas todos estavam ocupados, achar um que pudesse ajudá-lo foi complicado.
Todos na empresa faziam seus trabalhos com certo atraso, sem compromisso, o expediente daquele dia terminaria mais cedo e no outro dia não haveria, ficavam tranquilos para relaxar. Alguns cargos eram feitos acelerados, pois, quanto antes fizesse, mais rápido ficariam livres para irem embora. O clima na empresa era de união e festa, todos contavam os minutos para saírem e desfrutarem de ótimos momentos ao lado de suas famílias. O natal era uma época aguardada por todos na empresa, além de ser um momento de descanso, Pedro costumava dar presentes aos funcionários.
Nathan, para não ficar sozinho em casa, foi para a empresa com seu amigo. Logo que chegou fez muito sucesso. Todas as mulheres o olhavam quando ele passava, percorreu toda a empresa, pois Pedro queria que ele conhecesse tudo. Ficava constrangido ao notar os olhares e apressava os passos para logo retirar-se daquele ambiente. Andava próximo de Pedro como uma criança, sentia muita vergonha. Apesar disso, admirou-se com o império que Pedro construía e sentiu-se mobilizado para trabalhar e conseguir o mesmo desempenho que o amigo.
Às dezesseis horas Pedro liberou todos os funcionários. Preferia vê-los felizes e voltarem descansados no dia vinte e seis do que vê-los cansados e desempenharem um péssimo trabalho. Junto com Nathan saiu para pegar a pessoa que faria a ceia. Devido ao feriado, as rodovias que ligam os estados estavam congestionadas e ainda iriam piorar. A que eles estavam também tinha certo congestionamento, mas rapidamente se locomovia.
Para sua casa foi um chefe e mais três auxiliares, os quatro foram no próprio carro seguindo Pedro. Enquanto eles preparavam a ceia, Pedro e Nathan arrumavam-se, para ficarem prontos mais rápidos, enquanto um tomava banho, o outro ia fazendo a barba e assim, não perdiam tempo, já que na casa só um banheiro estava funcionando. Terminado de arrumar-se, foram até a cozinha para ver como ia a preparação, o local foi todo arrumado e enfeitado, a comida estava pronta, só faltava assar o peru e esquentar o resto.
A equipe contatada saiu da casa às vinte horas deixando instruções do que teria que ser feito, Pedro, anotando tudo direito, pagou-os. Os convidados chegaram às vinte e uma horas, primeiro chegou Sônia, depois, após quase trinta minutos, Marta e sua família. Pedro recebia-os na porta, quando sua amada chegou, deu-lhe um beijo rápido, para poder cumprimentar Nathan. Todos foram até a sala e ficaram conversando e rindo, tirando foto e relembrando momentos passados.
- Estou muito feliz por vocês terem aceitado meu convite e estarem hoje aqui. O natal é um momento para ser passado em família e vocês são minha família. Como, nesses momentos, sou um pouco impaciente, gostaria logo de entregar as lembranças que comprei. Não pensem que são grandes presentes, são apenas lembranças.
Todos se espantaram, até Nathan que passara muito tempo com Pedro não sabia da surpresa. Ficaram constrangidos por não terem feito o mesmo, já que não tiveram tempo, pois Pedro convidou-os naquele mesmo dia, só Marta havia comprado para seus filhos. Saiu por alguns instantes, quando voltou vinha carregando caixas, entregou a cada um uma caixa, todos abriram e ficaram surpresos com o que ganharam, até os filhos de Marta receberam. Nathan ficou surpreso por também receber, pois achou que Pedro comprou aqueles presentes antes dele chegar ou saber que iria chegar.
- Muito obrigada. – Agradeceu Sônia dando-lhe um beijo.
Após muita conversa a meia noite chegou, alguns minutos antes Pedro se retirou, junto com Marta, para fazer as instruções deixadas pela equipe. Quando conseguiram terminar tudo era meia noite e vinte, mas a felicidade era tanta que ninguém ligou. Reuniram-se todos ao redor da mesa, a comida estava cheirosa que ficaram com água na boca.
- Mas uma vez gostaria de agradecer a presença de todos, você são especiais para mim. Marta e Benedito, obrigado pelo apoio quando mais precisei e a vocês dois também. Sônia, muito obrigado pelo carinho e por fazer um homem feliz durante esse pouco tempo que já estamos juntos. Nathan, apesar do tempo que não nos vemos ou falamo-nos, você continua sendo meu melhor amigo e sua chegada trouxe de volta boas lembranças daquilo que passamos juntos. Todos vocês me ensinaram muito e esse jantar é uma simples forma de agradecê-los por tudo. Não estaria aqui hoje se não fosse o apoio e a amizade de vocês.
Todos ficaram felizes e emocionados com as palavras de Pedro, abraçaram-no e beijaram-no, fizeram uma oração e comeram. Enquanto desfrutavam daquele alimento, continuaram conversando. Os filhos de Marta pegaram a câmera e tiraram foto de tudo. Pediu, para os convidados, se juntar e fazer pose. Todos se divertiam com as fotos. Pedro parou e olhou-os, estavam felizes, aquele momento não queria esquecer nunca, após tanto tempo, sentia-se dentro de uma família.

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