[...]
Pedro olhou para Nathan um pouco preocupado, não esperava que eles fossem até ali para acusá-lo, pensava contar com a ajuda deles. Só um, dentre os cinco, falava, era o mais antigo funcionário dentre eles, os outros apenas escutavam e balançavam a cabeça concordando com tudo o que o companheiro falava.
- Como tinha dito que não era momento de alarmar-se, eu e meu economista, após pensarmos, calcularmos, achamos uma possível solução…
- Possível?! Como assim?!
- Tudo vai depender dos nossos compradores, a maioria tem deixado de comprar. Com esses planos pretendemos tê-los de volta e ainda aumentar o número de compradores.
- E o nosso aumento?
- Como já disse, tudo vai depender dos nossos compradores. Se tudo ocorrer bem como planejamos, em fevereiro daremos o aumento, janeiro, por está próximo, faltando apenas uma semana, será muito difícil.
- Já está errado. No início desse ano vocês prometeram dar-nos aumento logo no primeiro mês do novo ano, agora estão dizendo que será no segundo e ainda há possibilidade de não ser.
- É lamentável que você pense assim. Quando esse ano começou, as vendas só aumentavam, mas passaram a ter quedas. Essas são as alternativas que vocês têm, permanecer aqui e aguardar a situação melhorar ou deixar-nos.
Os cinco se entreolharam, os quatro pareciam satisfeito, mas o que falava não gostou muito da ideia e ficou calado observando Pedro. Enquanto eles pensavam, Pedro e Nathan discutiam o que havia acontecido ali, o que teriam que fazer dependendo da decisão que os cinco iriam tomar. Após alguns minutos, anunciaram sua decisão:
- Nós vamos ficar.
Pedro ficou muito feliz com a decisão tomava, mas o que falava dessa vez ficou calado, sério, observando. Nathan ficou admirado com sua atitude.
- E você senhor Antônio?
- Prefiro sair. Melhor do que ficar e ser humilhado.
- Humilhado?!
- Claro! Como aquele outro fazia quando um funcionário ameaçava sair e desistia. Ficava com piadas humilhando e expondo aos outros os erros.
- Não aceito esse tipo de comentário dentro da minha empresa. Você está falando do diretor que substituiu meu pai quando este faleceu, não quer dizer que essa será a minha atitude. Fico feliz por vocês quatro terem pensado melhor e decidiram voltar atrás, abandonando a ideia de sair. Senhor Antônio, é lamentável que você pense isso a meu respeito, mesmo eu estando aqui há tanto tempo e provado que sou diferente. Lá fora, fale com Marta e ela o ajudará no processo de demissão.
Os cinco saíram. Pedro ficou pensativo, não esperava aquela atitude de seu funcionário. Nathan levantou-se e sentou em uma das cadeiras em frente a seu amigo. Passaram algum tempo calados, Pedro não abriu a boca após o fim da reunião, estava com os olhos fixos na mesa e pensava em tudo que havia acontecido naquele momento e tudo o que aconteceu desde sua chegada à empresa.
- Por que ele disse isso?
Pedro suspirou.
- Quando meu pai morreu, eu era muito novo, uma criança, então o advogado da empresa, junto com minha mãe, decidiu colocar uma pessoa em seu lugar enquanto eu não estivesse preparado. Eles escolheram um amigo do meu pai que ajudou-o a construir essa empresa, mas não foi uma escolha certa. Apesar de ser um bom administrador, tratava as pessoas com desprezo, cresci vendo aquilo e prometia a mim mesmo que seria diferente. Muitos funcionários se demitiram, outros, por serem amigos dele, achavam-se superiores fazendo o mesmo que ele.
Nathan ficou perplexo, não sabia de nada daquilo, Pedro nunca mencionou nada. Agora começava a entender toda aquela agressividade.
- Por isso você voltou dos Estados Unidos, por não aguentar mais esperar?!
- Também, houve outro motivo, minha mãe estava precisando de mim naquele momento. Tudo que aprendi aqui no Brasil e nos Estados Unidos serviram para fazer-me uma pessoa diferente, mais competente. Aqui estou eu, ainda levando todas as responsabilidades dos erros dessa pessoa.
Pedro e Nathan ficaram por mais alguns instantes ali conversando, depois saíram e foram a todas as salas anunciar as boas novas. Deixaram por último o galpão, local onde gerou tanta discórdia o anuncio do problema. Agora fora diferente, todos ouviram e ficaram satisfeitos, apesar dos quatro já terem contado, escutaram a solução e aplaudiram-na.
Pedro olhou para Nathan um pouco preocupado, não esperava que eles fossem até ali para acusá-lo, pensava contar com a ajuda deles. Só um, dentre os cinco, falava, era o mais antigo funcionário dentre eles, os outros apenas escutavam e balançavam a cabeça concordando com tudo o que o companheiro falava.
- Como tinha dito que não era momento de alarmar-se, eu e meu economista, após pensarmos, calcularmos, achamos uma possível solução…
- Possível?! Como assim?!
- Tudo vai depender dos nossos compradores, a maioria tem deixado de comprar. Com esses planos pretendemos tê-los de volta e ainda aumentar o número de compradores.
- E o nosso aumento?
- Como já disse, tudo vai depender dos nossos compradores. Se tudo ocorrer bem como planejamos, em fevereiro daremos o aumento, janeiro, por está próximo, faltando apenas uma semana, será muito difícil.
- Já está errado. No início desse ano vocês prometeram dar-nos aumento logo no primeiro mês do novo ano, agora estão dizendo que será no segundo e ainda há possibilidade de não ser.
- É lamentável que você pense assim. Quando esse ano começou, as vendas só aumentavam, mas passaram a ter quedas. Essas são as alternativas que vocês têm, permanecer aqui e aguardar a situação melhorar ou deixar-nos.
Os cinco se entreolharam, os quatro pareciam satisfeito, mas o que falava não gostou muito da ideia e ficou calado observando Pedro. Enquanto eles pensavam, Pedro e Nathan discutiam o que havia acontecido ali, o que teriam que fazer dependendo da decisão que os cinco iriam tomar. Após alguns minutos, anunciaram sua decisão:
- Nós vamos ficar.
Pedro ficou muito feliz com a decisão tomava, mas o que falava dessa vez ficou calado, sério, observando. Nathan ficou admirado com sua atitude.
- E você senhor Antônio?
- Prefiro sair. Melhor do que ficar e ser humilhado.
- Humilhado?!
- Claro! Como aquele outro fazia quando um funcionário ameaçava sair e desistia. Ficava com piadas humilhando e expondo aos outros os erros.
- Não aceito esse tipo de comentário dentro da minha empresa. Você está falando do diretor que substituiu meu pai quando este faleceu, não quer dizer que essa será a minha atitude. Fico feliz por vocês quatro terem pensado melhor e decidiram voltar atrás, abandonando a ideia de sair. Senhor Antônio, é lamentável que você pense isso a meu respeito, mesmo eu estando aqui há tanto tempo e provado que sou diferente. Lá fora, fale com Marta e ela o ajudará no processo de demissão.
Os cinco saíram. Pedro ficou pensativo, não esperava aquela atitude de seu funcionário. Nathan levantou-se e sentou em uma das cadeiras em frente a seu amigo. Passaram algum tempo calados, Pedro não abriu a boca após o fim da reunião, estava com os olhos fixos na mesa e pensava em tudo que havia acontecido naquele momento e tudo o que aconteceu desde sua chegada à empresa.
- Por que ele disse isso?
Pedro suspirou.
- Quando meu pai morreu, eu era muito novo, uma criança, então o advogado da empresa, junto com minha mãe, decidiu colocar uma pessoa em seu lugar enquanto eu não estivesse preparado. Eles escolheram um amigo do meu pai que ajudou-o a construir essa empresa, mas não foi uma escolha certa. Apesar de ser um bom administrador, tratava as pessoas com desprezo, cresci vendo aquilo e prometia a mim mesmo que seria diferente. Muitos funcionários se demitiram, outros, por serem amigos dele, achavam-se superiores fazendo o mesmo que ele.
Nathan ficou perplexo, não sabia de nada daquilo, Pedro nunca mencionou nada. Agora começava a entender toda aquela agressividade.
- Por isso você voltou dos Estados Unidos, por não aguentar mais esperar?!
- Também, houve outro motivo, minha mãe estava precisando de mim naquele momento. Tudo que aprendi aqui no Brasil e nos Estados Unidos serviram para fazer-me uma pessoa diferente, mais competente. Aqui estou eu, ainda levando todas as responsabilidades dos erros dessa pessoa.
Pedro e Nathan ficaram por mais alguns instantes ali conversando, depois saíram e foram a todas as salas anunciar as boas novas. Deixaram por último o galpão, local onde gerou tanta discórdia o anuncio do problema. Agora fora diferente, todos ouviram e ficaram satisfeitos, apesar dos quatro já terem contado, escutaram a solução e aplaudiram-na.
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