[...]
Pedro chegou pontualmente, Sônia estava magnífica, um vestido lindíssimo, beijou-a e levou-a até o carro. Recebeu uma ligação de que o local ainda não estava pronto, por isso ficou rodando um pouco para passar o tempo, mas Sônia achou aquela atitude estranha, pensou em perguntá-lo, mas achou melhor não, talvez tivesse perdido e não gostaria de assumir aquela situação.
Quando chegaram ao restaurante eram quase vinte e uma horas. Desceram do carro, Sônia virou e espantou-se. O local, habitualmente cheio, parecia vazio, não havia nenhum carro em seu estacionamento e nenhuma transição de pessoas na entrada. Entrando no local ficou perplexa. Todo o restaurante estava enfeitado, a decoração era belíssima, achou que fosse alguma comemoração especial, mas ficou surpresa ao ter a certeza de estar vazio.
- Pedro. Acho que está fechado.
Pedro não falou nada, apenas guiou-a a mesa ao centro. Em cima desta havia um buquê que Pedro pegou e entregou-a. Sônia estava paralisada, não conseguia entender o motivo daquilo tudo. Por que só eles estavam naquele local? Por que toda aquela decoração? Por que naquela mesa havia um buquê justamente para ela?
Os dois se sentaram, Sônia olhava ao redor e não via ninguém, nem garçom havia. Olhava um pouco desconfiada para Pedro, mas esse estava tranquilo e não demonstrava nada, ria para sua amada e fazia carinho em sua mão. Sônia até sentiu medo, achou que algo muito ruim fosse acontecer. Não parava de olhar ao seu redor, procurava alguém, ou algo, que pudesse lhe explicar o motivo de tudo aquilo.
- Sônia. Há mais de um ano nos conhecemos e logo que vi-a encantei-me. Sua beleza é incomparável, seus belos olhos quando cruzaram com os meus me hipnotizaram. Há seis meses começamos um relacionamento que transformou minha vida. Nesses seis meses você me tornou um homem feliz e realizado, quando estou com você esqueço meus problemas, fazendo-me querer passar todo o tempo com você.
Pedro fez um sinal, Sônia virou-se para ver com quem ele falava, era um garçom e este vinha em sua direção com uma bandeja. O garçom abaixou a bandeja, nela havia uma pequena caixa, Sônia olhou espantada para Pedro já imaginando o que estaria ali dentro. Pedro a pegou, o garçom se retirou e entocou-se, mas uma vez os dois ficaram sós.
- Por isso, para demonstrar esse meu amor, preparei toda essa noite só para nós dois. – Pedro abriu a caixa e nela havia uma linda aliança. – Você quer casar comigo?
Sônia arregalou os olhos, olhava para a aliança depois para Pedro, ficou paralisada e começou a chorar. Pedro imediatamente pegou um lenço e entregou-lhe, Sônia pegou, mas não adiantou muito, aquilo só gerou mais lágrimas. Pedro ficou sem reação, olhava para sua amada sem saber o que deveria fazer. Olhou para a direção dos garçons na esperança de algum poder ajudá-lo.
- Por que você está chorando?
- Desculpe-me.
Os dois permaneceram calados, Pedro preferiu calar-se e esperar que Sônia acalmasse e falasse. Parecia que isso não seria possível, chorava sem conseguir se conter. Um garçom apareceu trazendo um copo com água, ela bebeu e pareceu ficar mais calma. Terminado de beber o líquido, o garçom rapidamente pegou-o e saiu. Sônia parecia pronta para falar.
- Fico muito feliz por suas palavras. Você é um homem incrível e também tornou-me uma pessoa mais feliz. Mas não gostaria que esse relacionamento chegasse a esse ponto. Amo-o muito, esses seis meses foram incríveis, mas não posso…
Para Pedro o mundo caiu. A noite perfeita transformava-se numa noite terrível. Não esperava aquela resposta, preparou tudo, mas não se preparou para receber aquela resposta, seus olhos encheram-se de lágrimas e ficou sem palavras. Encarava sua amada sem reação, esta também ficara imóvel, não queria magoá-lo.
- Quando entrei na empresa, quando conheci-o, não esperava me relacionar. Assim como você, também encantei-me, fiquei com medo de tivéssemos um caso, mas não pude evitar. Deixei meus planos em segundo plano para viver nosso relacionamento, mas esse pedido mostrou-me o quão longe tínhamos ido. Não posso continuar mais, tenho que parar aqui. – As lágrimas voltaram a cair. – Sinto muito, acho melhor eu ir embora.
- Deixe-me levá-la. – insistiu.
- Não precisa, pego um táxi. Aproveito para pedir demissão. Não posso mais ficar, irei embora fazer meu Doutorado, se eu ficar não conseguirei mais encará-lo. – Levantou-se deixando Pedro sem reação. – Sinto muito.
Pedro ficou só, chorou por alguns instantes, os garçons, que acompanharam tudo, ficaram constrangidos e acharam melhor nem aproximar. Levantou-se saindo do restaurante, saiu em seu carro sem rumo, sua cabeça estava confusa. Tentava se lembrar de tudo o que falara e ouvira, procurava algo de errado que tivesse acontecido, mas não achou, tudo estava perfeito, pelo menos para ele. Chegando em casa, Nathan o aguardava, tinha a curiosidade de saber tudo que aconteceu.
- What’s up!
Ao ver o amigo não consegui conter as lágrimas e abraçou-o chorando feito uma criança. Nathan, percebendo o que aconteceu, retribuiu o abraço tentando demonstrar que estava do seu lado. Pedro o apertava, chorava angustiado, estava inconformado, não compreendia, até sua atitude era estranha, não imaginava que gostava tanto assim dela.
- Ela disse não! Ela disse não…
- It’s ok! It’s ok!
Pedro foi dormir àquela noite pensando nas palavras de Sônia, ao lembrá-las sentia-se um tolo. Tinha sido muito cedo, aquela não era a melhor oportunidade para pedi-la em casamento. Talvez se tivesse esperado um pouco mais, talvez quando estivessem com um ano de namoro. Tantas eram as perguntas em sua cabeça, mas não havia respostas.
No outro dia, chegando à empresa, correu à sala de Sônia, queria pegá-la antes dela se retirar. Com sorte encontrou-a colocando as últimas coisas na caixa, quando viu-o, abaixou a cabeça, não tinha coragem de encará-lo. Sentia vergonha, não queria que ele a visse daquele jeito, tentou pedir para ele ir embora, mas sua boca não reproduziu nenhum som.
- Por favor, não vá. Há alguma coisa que eu possa fazer?
- Pedro. O problema não é você, não posso mais ficar, esperei muito tempo, não deveria ter deixando isso ir longe demais. Desculpe-me! Eu o amo, mas não posso ficar.
Sônia saiu, Pedro ficou parado na sala vendo seu amor ir embora para nunca mais voltar. Pensou em correr atrás, mas nada adiantaria, ali mesmo voltou a chorar, fechou a porta para não ser visto. A porta se abriu e entrou Marta e Nathan, vendo o estado do amigo, abraçaram-no.
Pedro chegou pontualmente, Sônia estava magnífica, um vestido lindíssimo, beijou-a e levou-a até o carro. Recebeu uma ligação de que o local ainda não estava pronto, por isso ficou rodando um pouco para passar o tempo, mas Sônia achou aquela atitude estranha, pensou em perguntá-lo, mas achou melhor não, talvez tivesse perdido e não gostaria de assumir aquela situação.
Quando chegaram ao restaurante eram quase vinte e uma horas. Desceram do carro, Sônia virou e espantou-se. O local, habitualmente cheio, parecia vazio, não havia nenhum carro em seu estacionamento e nenhuma transição de pessoas na entrada. Entrando no local ficou perplexa. Todo o restaurante estava enfeitado, a decoração era belíssima, achou que fosse alguma comemoração especial, mas ficou surpresa ao ter a certeza de estar vazio.
- Pedro. Acho que está fechado.
Pedro não falou nada, apenas guiou-a a mesa ao centro. Em cima desta havia um buquê que Pedro pegou e entregou-a. Sônia estava paralisada, não conseguia entender o motivo daquilo tudo. Por que só eles estavam naquele local? Por que toda aquela decoração? Por que naquela mesa havia um buquê justamente para ela?
Os dois se sentaram, Sônia olhava ao redor e não via ninguém, nem garçom havia. Olhava um pouco desconfiada para Pedro, mas esse estava tranquilo e não demonstrava nada, ria para sua amada e fazia carinho em sua mão. Sônia até sentiu medo, achou que algo muito ruim fosse acontecer. Não parava de olhar ao seu redor, procurava alguém, ou algo, que pudesse lhe explicar o motivo de tudo aquilo.
- Sônia. Há mais de um ano nos conhecemos e logo que vi-a encantei-me. Sua beleza é incomparável, seus belos olhos quando cruzaram com os meus me hipnotizaram. Há seis meses começamos um relacionamento que transformou minha vida. Nesses seis meses você me tornou um homem feliz e realizado, quando estou com você esqueço meus problemas, fazendo-me querer passar todo o tempo com você.
Pedro fez um sinal, Sônia virou-se para ver com quem ele falava, era um garçom e este vinha em sua direção com uma bandeja. O garçom abaixou a bandeja, nela havia uma pequena caixa, Sônia olhou espantada para Pedro já imaginando o que estaria ali dentro. Pedro a pegou, o garçom se retirou e entocou-se, mas uma vez os dois ficaram sós.
- Por isso, para demonstrar esse meu amor, preparei toda essa noite só para nós dois. – Pedro abriu a caixa e nela havia uma linda aliança. – Você quer casar comigo?
Sônia arregalou os olhos, olhava para a aliança depois para Pedro, ficou paralisada e começou a chorar. Pedro imediatamente pegou um lenço e entregou-lhe, Sônia pegou, mas não adiantou muito, aquilo só gerou mais lágrimas. Pedro ficou sem reação, olhava para sua amada sem saber o que deveria fazer. Olhou para a direção dos garçons na esperança de algum poder ajudá-lo.
- Por que você está chorando?
- Desculpe-me.
Os dois permaneceram calados, Pedro preferiu calar-se e esperar que Sônia acalmasse e falasse. Parecia que isso não seria possível, chorava sem conseguir se conter. Um garçom apareceu trazendo um copo com água, ela bebeu e pareceu ficar mais calma. Terminado de beber o líquido, o garçom rapidamente pegou-o e saiu. Sônia parecia pronta para falar.
- Fico muito feliz por suas palavras. Você é um homem incrível e também tornou-me uma pessoa mais feliz. Mas não gostaria que esse relacionamento chegasse a esse ponto. Amo-o muito, esses seis meses foram incríveis, mas não posso…
Para Pedro o mundo caiu. A noite perfeita transformava-se numa noite terrível. Não esperava aquela resposta, preparou tudo, mas não se preparou para receber aquela resposta, seus olhos encheram-se de lágrimas e ficou sem palavras. Encarava sua amada sem reação, esta também ficara imóvel, não queria magoá-lo.
- Quando entrei na empresa, quando conheci-o, não esperava me relacionar. Assim como você, também encantei-me, fiquei com medo de tivéssemos um caso, mas não pude evitar. Deixei meus planos em segundo plano para viver nosso relacionamento, mas esse pedido mostrou-me o quão longe tínhamos ido. Não posso continuar mais, tenho que parar aqui. – As lágrimas voltaram a cair. – Sinto muito, acho melhor eu ir embora.
- Deixe-me levá-la. – insistiu.
- Não precisa, pego um táxi. Aproveito para pedir demissão. Não posso mais ficar, irei embora fazer meu Doutorado, se eu ficar não conseguirei mais encará-lo. – Levantou-se deixando Pedro sem reação. – Sinto muito.
Pedro ficou só, chorou por alguns instantes, os garçons, que acompanharam tudo, ficaram constrangidos e acharam melhor nem aproximar. Levantou-se saindo do restaurante, saiu em seu carro sem rumo, sua cabeça estava confusa. Tentava se lembrar de tudo o que falara e ouvira, procurava algo de errado que tivesse acontecido, mas não achou, tudo estava perfeito, pelo menos para ele. Chegando em casa, Nathan o aguardava, tinha a curiosidade de saber tudo que aconteceu.
- What’s up!
Ao ver o amigo não consegui conter as lágrimas e abraçou-o chorando feito uma criança. Nathan, percebendo o que aconteceu, retribuiu o abraço tentando demonstrar que estava do seu lado. Pedro o apertava, chorava angustiado, estava inconformado, não compreendia, até sua atitude era estranha, não imaginava que gostava tanto assim dela.
- Ela disse não! Ela disse não…
- It’s ok! It’s ok!
Pedro foi dormir àquela noite pensando nas palavras de Sônia, ao lembrá-las sentia-se um tolo. Tinha sido muito cedo, aquela não era a melhor oportunidade para pedi-la em casamento. Talvez se tivesse esperado um pouco mais, talvez quando estivessem com um ano de namoro. Tantas eram as perguntas em sua cabeça, mas não havia respostas.
No outro dia, chegando à empresa, correu à sala de Sônia, queria pegá-la antes dela se retirar. Com sorte encontrou-a colocando as últimas coisas na caixa, quando viu-o, abaixou a cabeça, não tinha coragem de encará-lo. Sentia vergonha, não queria que ele a visse daquele jeito, tentou pedir para ele ir embora, mas sua boca não reproduziu nenhum som.
- Por favor, não vá. Há alguma coisa que eu possa fazer?
- Pedro. O problema não é você, não posso mais ficar, esperei muito tempo, não deveria ter deixando isso ir longe demais. Desculpe-me! Eu o amo, mas não posso ficar.
Sônia saiu, Pedro ficou parado na sala vendo seu amor ir embora para nunca mais voltar. Pensou em correr atrás, mas nada adiantaria, ali mesmo voltou a chorar, fechou a porta para não ser visto. A porta se abriu e entrou Marta e Nathan, vendo o estado do amigo, abraçaram-no.
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