Pedro não conseguia se conformar com a partida de Sônia. Arrependera-se de ter pedido-a em casamento, deveria ter ouvido seus amigos, mas será que, após mais tempo, ela aceitaria? Muitas perguntas assombrava-lhe a mente, sua atração por Sônia começou desde o primeiro momento que viu-a, agora estavam separados, talvez por causa de sua pressa. Seu desempenho na empresa vinha diminuindo, não conseguia se concentrar em nada. Chegava sem falar com ninguém e saia do mesmo jeito, até Nathan, que morava com ele, tinha dificuldade para conversar.
A empresa ficara, mais uma vez, sem advogado, mais uma seleção teria que ser feita, mas Pedro não mencionava nada. Um dos terrenos adquiridos, após fechado o negócio, apareceram problemas judiciais e precisariam ser resolvidos antes da construção das novas instalações. Nathan tentava alertar ao amigo, mas esse parecia não se importar e deixava o problema de lado.
- A construção deve começar logo, mas enquanto houver esse problema não teremos autorização para levantar nenhum tijolo.
Nathan, insistentemente, todos os dias, ia à sala de Pedro tentando mostrar a urgência daquela situação. Conforme a semana chegava ao final, Pedro parecia despertar para a vida, aos poucos foi falando pequenas frases, mas não dava brecha para comentar o assunto. A empresa não poderia ser prejudicada por causa de um não, decidiu resolver esse problema, era um plano antigo que estava deixando de lado por causa de uma separação.
- Não sei o que fazer Nathan. Há pouco tempo para arrumar um advogado, ainda esse mês pretendo começar a construção, não podemos perder tempo fazendo uma seleção de candidatos.
- Você parece esquecer que tem um amigo.
Pedro não entendeu muito a resposta de Nathan, mas esperava-o falar a solução para mais um problema. Confiava muito no amigo e sabia que ele não o abandonaria, com certeza ele tinha algo em mente, por isso o motivo daquela brincadeira. Pelo jeito, a solução desse problema seria tão bem desenvolvida quanto a do primeiro.
- Como assim?
- Esqueceu quais os cursos fiz?!
Finalmente Pedro entendeu a intenção. Nathan, nos Estados Unidos, fizera faculdade de Direito e Economia, com a segunda ajudou a empresa a reerguer-se, agora com a primeira poderia resolver esse problema judicial. Pedro ficou aliviado, como da primeira, levantou-se e abraçou seu amigo.
- Claro! A partir de agora, você será meu advogado.
- Será uma honra mais uma vez poder ajudá-lo. Irei agora para minha nova sala e analisarei todos os papéis. Deve haver alguma brecha no contrato, Sônia, como excelente advogada, não deixaria um problema desse passar.
Nathan se retirou entusiasmado, sua sala agora seria a de Sônia, antes ficava em uma minúscula sala improvisada. Pedro ligou para Marta e pediu-a para entrar em contato com dois arquitetos, gostaria de analisar duas possíveis instalações e escolher a que mais agradava e chamava a atenção. Marta prontamente atendeu ao pedido, à tarde o primeiro apareceu, Pedro falou tudo que pretendia fazer naqueles dois terrenos. Em um aumentaria o tamanho do galpão de produção, no outro seriam construídas salas e um auditório. Pretendiam, com o auditório, ganhar uma renda extra e ali poder fazer suas reuniões gerais com todos os funcionários.
Após falar com os dois arquitetos, apresentando tudo o que queria, além da construção dessas novas instalações, pretendia mudar um pouco a fachada e as novas construções deveriam ser ligadas ao prédio principal. Os arquitetos pareciam bastante confiantes do que deveriam, e iriam, fazer. Prometeram voltar em uma semana, o segundo pediu um tempo um pouco maior, quase duas semanas, alegando que Pedro não se arrependeria. Agora só precisava esperar os projetos e a resolução do caso na justiça.
Essas duas semanas foram longas. Nathan teve dificuldades de resolver o caso, o terreno tinha muitas dívidas e a prefeitura não autorizaria iniciar uma construção ali enquanto não fosse pago. Após recorrer diversas vezes, as dívidas voltaram para o antigo proprietário, deixando, assim, o terreno livre para a empresa de Pedro. O preço pago por ele não era nem metade do valor das dívidas, se eles tivessem que pagar-las, seria desvantagem, pois o terreno sairia quase cinco vezes mais.
O primeiro arquiteto entregou seu projeto no prazo, era uma bonita construção, tudo que fora solicitado estava presente, Pedro agradeceu, pagou-o e disse que entraria em contato caso o projeto dele fosse escolhido. Uma semana depois o outro arquiteto voltou com seu projeto. Este era muito melhor que o primeiro, mais bonito e mais aconchegante. Sem dúvida o projeto número dois seria o realizado, e seu valor era menor. Faltava agora, começar as construções, Pedro contratou uma empresa e, quase uma semana depois, deu-se início a obra de ampliação.
Com essa ampliação seria necessário a contratação de novos funcionários. Um anúncio foi posto no jornal, Pedro pretendia ter-los antes das obras chegarem ao final. No outro dia, após o dia do anúncio, milhares de pessoas apareceram entregando seus currículos, Marta e Pedro analisaram um por um e selecionaram alguns, o dobro da quantidade de vagas necessário. Marcou com todos uma entrevista, nesse dia Pedro não marcou mais nada, era exclusivo somente para entrevistas.
[...]
A empresa ficara, mais uma vez, sem advogado, mais uma seleção teria que ser feita, mas Pedro não mencionava nada. Um dos terrenos adquiridos, após fechado o negócio, apareceram problemas judiciais e precisariam ser resolvidos antes da construção das novas instalações. Nathan tentava alertar ao amigo, mas esse parecia não se importar e deixava o problema de lado.
- A construção deve começar logo, mas enquanto houver esse problema não teremos autorização para levantar nenhum tijolo.
Nathan, insistentemente, todos os dias, ia à sala de Pedro tentando mostrar a urgência daquela situação. Conforme a semana chegava ao final, Pedro parecia despertar para a vida, aos poucos foi falando pequenas frases, mas não dava brecha para comentar o assunto. A empresa não poderia ser prejudicada por causa de um não, decidiu resolver esse problema, era um plano antigo que estava deixando de lado por causa de uma separação.
- Não sei o que fazer Nathan. Há pouco tempo para arrumar um advogado, ainda esse mês pretendo começar a construção, não podemos perder tempo fazendo uma seleção de candidatos.
- Você parece esquecer que tem um amigo.
Pedro não entendeu muito a resposta de Nathan, mas esperava-o falar a solução para mais um problema. Confiava muito no amigo e sabia que ele não o abandonaria, com certeza ele tinha algo em mente, por isso o motivo daquela brincadeira. Pelo jeito, a solução desse problema seria tão bem desenvolvida quanto a do primeiro.
- Como assim?
- Esqueceu quais os cursos fiz?!
Finalmente Pedro entendeu a intenção. Nathan, nos Estados Unidos, fizera faculdade de Direito e Economia, com a segunda ajudou a empresa a reerguer-se, agora com a primeira poderia resolver esse problema judicial. Pedro ficou aliviado, como da primeira, levantou-se e abraçou seu amigo.
- Claro! A partir de agora, você será meu advogado.
- Será uma honra mais uma vez poder ajudá-lo. Irei agora para minha nova sala e analisarei todos os papéis. Deve haver alguma brecha no contrato, Sônia, como excelente advogada, não deixaria um problema desse passar.
Nathan se retirou entusiasmado, sua sala agora seria a de Sônia, antes ficava em uma minúscula sala improvisada. Pedro ligou para Marta e pediu-a para entrar em contato com dois arquitetos, gostaria de analisar duas possíveis instalações e escolher a que mais agradava e chamava a atenção. Marta prontamente atendeu ao pedido, à tarde o primeiro apareceu, Pedro falou tudo que pretendia fazer naqueles dois terrenos. Em um aumentaria o tamanho do galpão de produção, no outro seriam construídas salas e um auditório. Pretendiam, com o auditório, ganhar uma renda extra e ali poder fazer suas reuniões gerais com todos os funcionários.
Após falar com os dois arquitetos, apresentando tudo o que queria, além da construção dessas novas instalações, pretendia mudar um pouco a fachada e as novas construções deveriam ser ligadas ao prédio principal. Os arquitetos pareciam bastante confiantes do que deveriam, e iriam, fazer. Prometeram voltar em uma semana, o segundo pediu um tempo um pouco maior, quase duas semanas, alegando que Pedro não se arrependeria. Agora só precisava esperar os projetos e a resolução do caso na justiça.
Essas duas semanas foram longas. Nathan teve dificuldades de resolver o caso, o terreno tinha muitas dívidas e a prefeitura não autorizaria iniciar uma construção ali enquanto não fosse pago. Após recorrer diversas vezes, as dívidas voltaram para o antigo proprietário, deixando, assim, o terreno livre para a empresa de Pedro. O preço pago por ele não era nem metade do valor das dívidas, se eles tivessem que pagar-las, seria desvantagem, pois o terreno sairia quase cinco vezes mais.
O primeiro arquiteto entregou seu projeto no prazo, era uma bonita construção, tudo que fora solicitado estava presente, Pedro agradeceu, pagou-o e disse que entraria em contato caso o projeto dele fosse escolhido. Uma semana depois o outro arquiteto voltou com seu projeto. Este era muito melhor que o primeiro, mais bonito e mais aconchegante. Sem dúvida o projeto número dois seria o realizado, e seu valor era menor. Faltava agora, começar as construções, Pedro contratou uma empresa e, quase uma semana depois, deu-se início a obra de ampliação.
Com essa ampliação seria necessário a contratação de novos funcionários. Um anúncio foi posto no jornal, Pedro pretendia ter-los antes das obras chegarem ao final. No outro dia, após o dia do anúncio, milhares de pessoas apareceram entregando seus currículos, Marta e Pedro analisaram um por um e selecionaram alguns, o dobro da quantidade de vagas necessário. Marcou com todos uma entrevista, nesse dia Pedro não marcou mais nada, era exclusivo somente para entrevistas.
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