[...]
Antes mesmo de o sol nascer Pedro já estava de pé. Sozinho foi tomar seu café da manhã, mas antes de terminá-lo, Nathan apareceu. Em silêncio fizeram sua refeição. Pedro esperou seu amigo terminar para levantar-se. Os dois saíram de carro, Pedro levou-os a uma rua estreita, com casas iguais, mantendo o estilo do tempo colonial. Quase na metade da rua, parou e desceu. Nathan, sem saber onde estava, acompanhou-o.
Pedro foi até a porta e bateu, mas ninguém respondia. Continuou batendo, mas não tinha resposta. Olhava para os lados procurando alguém, a rua parecia deserta.
- Onde estamos?
- Foi aqui onde tudo começou.
Os dois estavam em frente à casa dos pais de Pedro.
- Eles não estão. – viraram-se e uma mulher apareceu na janela da casa em frente. – Estão no hospital. Há uma semana Samuel piorou, estão aguardando sua morte.
- Obrigado.
Pedro correu para o carro com Nathan, imediatamente dirigiu-se para o hospital, será que tinham chegado tarde de mais? O hospital ficava do outro lado da cidade, mas, como a cidade era pequena, chegaram rápido. Desceu apressadamente dando as chaves do carro para Nathan, para que ele pudesse trancar. Antes mesmo de chegar ao balcão ouviu uma voz:
- Pedro?!
Quando se virou, viu sua mãe vindo em sua direção. Estava, no rosto, com uma expressão de cansaço. Tendo a certeza de que era seu filho, correu para abraçá-lo, este continuou parado como estátua. Nathan chegou e ficou espantado com a cena. Pelo gesto, sabia quem era aquela mulher.
- Meu filho! Você veio. – disse derramando lágrimas.
- Este é o doador? – falou um homem que acompanhava sua mãe.
Pedro se assustou, olhou para Nathan, também parecia assustado.
- Doador?!
- Quando mandei aquela carta tinha certeza de que você viria.
- Doador?!
- Você é nossa última esperança, se não fizermos logo, ele não passará da semana que vem. Por favor…
- Ainda não consigo compreender.
- Você é o parente mais próximo.
Nathan se aproximou de Pedro e cochichou:
- Parente?
- Esta parte da história eu não contei. – respondeu em seu ouvido. – Ele é meu tio, irmão de meu pai.
Nathan se espantou, agora toda a situação mudava. O homem que provocara o abuso era seu tio. Estava repensando em tudo que tinha dito a seu amigo, será que aquela era a decisão certa?
- Não vim preparado para isso.
- Por favor, meu filho. Venha vê-lo antes de tomar qualquer decisão.
Pedro e Nathan acompanharam o médico e Roberta, quando entraram no quarto se chocaram. Samuel estava transformado, tornara-se pálido e magro, aquele homem forte tornou-se um ser raquítico. Nathan ficou bastante impressionado, mas Pedro, após o susto, ficou frio e não falou nada com ele.
- Meu filho. Fico feliz em vê-lo.
Pedro saiu pedindo que Nathan o acompanhasse.
- E agora?
- Agora a situação ficou mais complicada. Mas você veio aqui para ajudá-lo, se para isso você tem que fazer a doação, então faça.
Nathan tinha razão. Pedro falou com sua mãe concordando. O médico pediu para ele lhe acompanhar, primeiro teria que fazer os exames para saber se era compatível e a cirurgia poderia ser feita. Pedro estava um pouco nervoso e pediu que Nathan ficasse do seu lado. Os resultados comprovavam as esperanças de Roberta. Pedro era compatível e o único ali que poderia salvar Samuel.
Estava tudo pronto para fazer a doação, Pedro aguardava deitado, Nathan tinha saído para pegar alguma coisa para comer. Enquanto esperava sozinho naquele quarto frio, Ana chegou, pela expressão no rosto, parecia saber tudo. Encarou-o com um sorriso no rosto, queria mostrar que estava ao seu lado, não importando o que fosse acontecer.
- Nathan me contou. Estou tão feliz por você. Passo a admirá-lo mais.
- Obrigado.
- Tudo pronto?
Os médicos apareceram, antes que Pedro saísse dali, Ana se abaixou próximo ao seu rosto e deu-lhe um beijo.
- Boa sorte...
Feito o transplante, agora só precisavam esperar. Pedro decidiu ficar mais alguns dias na cidade para saber dos primeiros resultados. Uma semana depois do transplante, voltou ao hospital para visitar seu padrasto e ficou surpreso. Samuel estava reagindo bem, a cada dia mostrava-se mais forte. Despediu-se de sua mãe, teria que retornar, passara muito tempo longe da empresa.
- Pedro. – Samuel falou fracamente. – Muito obrigado.
Pedro ficou calado, apenas encarando-o.
- Você me perdoa?
Todos os presentes ficaram na expectativa da resposta. Pedro olhou para todos, estes o olhava. Encarando Samuel respondeu:
- Perdou.
Saindo sem falar mais nada, dirigiu-se ao carro com Nathan e Ana. Voltou com Nathan, mas diferente da ida, conversou do início ao fim. Ana vinha logo atrás, acompanhando-os. A volta foi mais tranquila que a ida e o alívio tornou-a mais divertida. Aquele momento na estrada foi muito agradável, ficara aliviado e assim conseguiu se divertir.
Pedro foi até a porta e bateu, mas ninguém respondia. Continuou batendo, mas não tinha resposta. Olhava para os lados procurando alguém, a rua parecia deserta.
- Onde estamos?
- Foi aqui onde tudo começou.
Os dois estavam em frente à casa dos pais de Pedro.
- Eles não estão. – viraram-se e uma mulher apareceu na janela da casa em frente. – Estão no hospital. Há uma semana Samuel piorou, estão aguardando sua morte.
- Obrigado.
Pedro correu para o carro com Nathan, imediatamente dirigiu-se para o hospital, será que tinham chegado tarde de mais? O hospital ficava do outro lado da cidade, mas, como a cidade era pequena, chegaram rápido. Desceu apressadamente dando as chaves do carro para Nathan, para que ele pudesse trancar. Antes mesmo de chegar ao balcão ouviu uma voz:
- Pedro?!
Quando se virou, viu sua mãe vindo em sua direção. Estava, no rosto, com uma expressão de cansaço. Tendo a certeza de que era seu filho, correu para abraçá-lo, este continuou parado como estátua. Nathan chegou e ficou espantado com a cena. Pelo gesto, sabia quem era aquela mulher.
- Meu filho! Você veio. – disse derramando lágrimas.
- Este é o doador? – falou um homem que acompanhava sua mãe.
Pedro se assustou, olhou para Nathan, também parecia assustado.
- Doador?!
- Quando mandei aquela carta tinha certeza de que você viria.
- Doador?!
- Você é nossa última esperança, se não fizermos logo, ele não passará da semana que vem. Por favor…
- Ainda não consigo compreender.
- Você é o parente mais próximo.
Nathan se aproximou de Pedro e cochichou:
- Parente?
- Esta parte da história eu não contei. – respondeu em seu ouvido. – Ele é meu tio, irmão de meu pai.
Nathan se espantou, agora toda a situação mudava. O homem que provocara o abuso era seu tio. Estava repensando em tudo que tinha dito a seu amigo, será que aquela era a decisão certa?
- Não vim preparado para isso.
- Por favor, meu filho. Venha vê-lo antes de tomar qualquer decisão.
Pedro e Nathan acompanharam o médico e Roberta, quando entraram no quarto se chocaram. Samuel estava transformado, tornara-se pálido e magro, aquele homem forte tornou-se um ser raquítico. Nathan ficou bastante impressionado, mas Pedro, após o susto, ficou frio e não falou nada com ele.
- Meu filho. Fico feliz em vê-lo.
Pedro saiu pedindo que Nathan o acompanhasse.
- E agora?
- Agora a situação ficou mais complicada. Mas você veio aqui para ajudá-lo, se para isso você tem que fazer a doação, então faça.
Nathan tinha razão. Pedro falou com sua mãe concordando. O médico pediu para ele lhe acompanhar, primeiro teria que fazer os exames para saber se era compatível e a cirurgia poderia ser feita. Pedro estava um pouco nervoso e pediu que Nathan ficasse do seu lado. Os resultados comprovavam as esperanças de Roberta. Pedro era compatível e o único ali que poderia salvar Samuel.
Estava tudo pronto para fazer a doação, Pedro aguardava deitado, Nathan tinha saído para pegar alguma coisa para comer. Enquanto esperava sozinho naquele quarto frio, Ana chegou, pela expressão no rosto, parecia saber tudo. Encarou-o com um sorriso no rosto, queria mostrar que estava ao seu lado, não importando o que fosse acontecer.
- Nathan me contou. Estou tão feliz por você. Passo a admirá-lo mais.
- Obrigado.
- Tudo pronto?
Os médicos apareceram, antes que Pedro saísse dali, Ana se abaixou próximo ao seu rosto e deu-lhe um beijo.
- Boa sorte...
Feito o transplante, agora só precisavam esperar. Pedro decidiu ficar mais alguns dias na cidade para saber dos primeiros resultados. Uma semana depois do transplante, voltou ao hospital para visitar seu padrasto e ficou surpreso. Samuel estava reagindo bem, a cada dia mostrava-se mais forte. Despediu-se de sua mãe, teria que retornar, passara muito tempo longe da empresa.
- Pedro. – Samuel falou fracamente. – Muito obrigado.
Pedro ficou calado, apenas encarando-o.
- Você me perdoa?
Todos os presentes ficaram na expectativa da resposta. Pedro olhou para todos, estes o olhava. Encarando Samuel respondeu:
- Perdou.
Saindo sem falar mais nada, dirigiu-se ao carro com Nathan e Ana. Voltou com Nathan, mas diferente da ida, conversou do início ao fim. Ana vinha logo atrás, acompanhando-os. A volta foi mais tranquila que a ida e o alívio tornou-a mais divertida. Aquele momento na estrada foi muito agradável, ficara aliviado e assim conseguiu se divertir.
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