Pedro tentou esquecer toda aquela história. Quando voltou a se encontrar com Maria, não tocou no assunto e ela fez o mesmo. Mas, enquanto ficava só em casa, não conseguia pensar em outra coisa. Pegava as fotos que tinha do pequeno Pedro e comparava com as suas próprias fotos de quando tinha a mesma idade. Havia muitos traços semelhantes, mas outros nem tanto. Pensava que estes vinham de Maria.
Um ano fizera que Pedro e Maria tinham se reencontrado. Os dois Pedros estavam cada vez mais unidos. Pedro amava muito o garoto, como sendo seu próprio filho. Até levá-lo para sua casa para passarem o dia apenas os dois, enquanto Maria resolvia seus problemas e colocava suas tarefas de trabalho em dia.
Certo dia, quando Maria veio da empresa para pegar o pequeno Pedro, Pedro notou em sua face uma preocupação. Juntou todos os pertences do garoto sem pronunciar uma palavra. Pedro ficou angustiado que decidiu de imediato perguntar:
- O que aconteceu?
- Eu quero terminar…
Pedro se calou, seus olhos encheram-se de lágrimas.
- O que aconteceu? Por quê?
- Eu te amo, mas não podemos mais continuar.
- Por quê? Estamos tão felizes.
Maria começou a chorar.
- Estou indo embora, Pedro. Passei muito tempo desempregada, até que antes de nos reencontrarmos eu consegui um bom emprego. Agora eles querem que eu seja transferida para outra unidade para dar continuidade no trabalho que comecei aqui.
- Você não pode ir, fique comigo.
- Não posso fazer isso. O salário é bom e não posso perder essa oportunidade. Sonho com ela há muito tempo.
Pedro já estava chorando também.
- Por favor, fique, vamos nos casar…
- Sinto muito Pedro, eu te amo, mas não posso abandonar essa chance única.
Maria pegou o último pertence e se retirou. Pedro ficou imóvel, não sabia o que fazer. Queria lutar pelo seu amor, mas ficara tão abalado que não conseguia se mover. Ficou apenas observando a mulher que ama entrar no carro com o pequeno Pedro e afastar-se para nunca mais voltar. Pedro, em lágrimas, fechou a porta e sentou numa poltrona.
Durante todo aquele dia, tentou falar com Maria, mas esta fugiu. Ligava a todo instante, mas Maria não atendia. Tentou falar pessoalmente, contudo, Maria não atendeu à porta. Passaram alguns dia e suas tentativas sempre foram frustradas. Maria conseguiu lhe evitar todo esse tempo, até que certo dia, ela atendeu ao telefone.
- Olá Pedro.
- Maria, quão bom é ouvir sua voz.
Maria parecia estar chorando.
- Hoje estarei indo embora, Pedro.
- Não, não vá, vamos nos casar, eu posso nos sustentar.
- Eu não quero que eu e meu filho sejamos uma barreira em sua carreira. Tenho que ir, Pedro, será o melhor para nós dois.
- Não, não é o melhor, estou sofrendo com sua partida.
- Também estou, mas é a melhor decisão.
Pedro tentou por longos minutos convencer Maria a ficar, mas esta recusou todos os seus argumentos.
- Por favor, antes de ir, conte-me a verdade a respeito de Pedro.
Houve um silêncio no outro lado da linha.
- Tudo bem, encontre-me às 19h no aeroporto que eu lhe contarei tudo.
E desligou. Pedro olhou para o relógio, já era quase 19h. Arrumou-se apressadamente para não perder tempo. Pegou seu carro e saiu em alta velocidade. Saiu costurando alguns veículos, mas, quando chegou próximo ao aeroporto, ficou preso em um congestionamento. Buzinava nervoso, colocava a cabeça para o lado gritando e tentando ver o que estava acontecendo.
Passado algum tempo, olhou para o relógio e viu que já havia passado das 19h30min. Sabia que o voo não sairia agora, Maria só chegaria mais cedo. Se o trânsito voltasse a andar, ainda conseguiria encontrá-la. Estava na esperança de vê-la para saber a verdade e ainda convencê-la a ficar.
Alguns minutos passaram e o trânsito lentamente voltou a andar. Passado mais alguns minuto, avistou algumas ambulâncias e alguns carros de polícia. Parecia que tinha acontecido um grave acidente envolvendo vários veículos. Quando passou por estes, viu muitos corpos espalhados pelo chão, então lembrou-se de Susana.
Quando o trânsito ficou novamente livre, voltou a acelerar. Na primeira vaga que encontrou, estacionou e desceu correndo sem trancar o carro. Entrando no aeroporto, foi empurrado de um lado para o outro devido a grande quantidade de pessoas transitando por ali. Após driblar a grande multidão, conseguiu chegar ao balcão da empresa que Maria estava embarcando. Como suspeitava, o voo ainda não havia saído, então correu para tentar encontrá-la.
Ficou em frente ao portão e perguntou a uma funcionária se os passageiros ainda estão ali. A funcionária verificando o salão, avisou que todos já estavam dentro da aeronave. Pedro pegou o celular para tentar falar Maria, mas o celular dela estava desligado. Correu para tentar comprar uma passagem no mesmo voo, mas, quando lá chegou, recebeu a notícia que o avião estava se preparando para decolar.
Seus olhos encheram-se de lágrimas, correu para observar se o que ouvira era verdade. Chegando, quase não conseguiu ver o avião subir. Ficou observando-o afastar-se chorando muito. Uma senhora, que estava próxima dele, colocou sua mão em seu ombro, consolando-o.
- Eu sei o quanto é difícil…
Pedro riu educadamente e retirou-se. Lentamente, cabisbaixo, caminhou até seu carro. Ao entrar, colocou a cabeça sobre o volante e chorou como um bebê. Em pouco tempo havia perdido as mulheres que amara. Susana em seu casamento fora assassinada e Maria tinha ido embora para nunca mais voltar e não deixara nenhum contato. Mas, talvez, o que mais doía em seu coração era a dúvida do parentesco com o pequeno Pedro que nunca seria tirado.
Um ano fizera que Pedro e Maria tinham se reencontrado. Os dois Pedros estavam cada vez mais unidos. Pedro amava muito o garoto, como sendo seu próprio filho. Até levá-lo para sua casa para passarem o dia apenas os dois, enquanto Maria resolvia seus problemas e colocava suas tarefas de trabalho em dia.
Certo dia, quando Maria veio da empresa para pegar o pequeno Pedro, Pedro notou em sua face uma preocupação. Juntou todos os pertences do garoto sem pronunciar uma palavra. Pedro ficou angustiado que decidiu de imediato perguntar:
- O que aconteceu?
- Eu quero terminar…
Pedro se calou, seus olhos encheram-se de lágrimas.
- O que aconteceu? Por quê?
- Eu te amo, mas não podemos mais continuar.
- Por quê? Estamos tão felizes.
Maria começou a chorar.
- Estou indo embora, Pedro. Passei muito tempo desempregada, até que antes de nos reencontrarmos eu consegui um bom emprego. Agora eles querem que eu seja transferida para outra unidade para dar continuidade no trabalho que comecei aqui.
- Você não pode ir, fique comigo.
- Não posso fazer isso. O salário é bom e não posso perder essa oportunidade. Sonho com ela há muito tempo.
Pedro já estava chorando também.
- Por favor, fique, vamos nos casar…
- Sinto muito Pedro, eu te amo, mas não posso abandonar essa chance única.
Maria pegou o último pertence e se retirou. Pedro ficou imóvel, não sabia o que fazer. Queria lutar pelo seu amor, mas ficara tão abalado que não conseguia se mover. Ficou apenas observando a mulher que ama entrar no carro com o pequeno Pedro e afastar-se para nunca mais voltar. Pedro, em lágrimas, fechou a porta e sentou numa poltrona.
Durante todo aquele dia, tentou falar com Maria, mas esta fugiu. Ligava a todo instante, mas Maria não atendia. Tentou falar pessoalmente, contudo, Maria não atendeu à porta. Passaram alguns dia e suas tentativas sempre foram frustradas. Maria conseguiu lhe evitar todo esse tempo, até que certo dia, ela atendeu ao telefone.
- Olá Pedro.
- Maria, quão bom é ouvir sua voz.
Maria parecia estar chorando.
- Hoje estarei indo embora, Pedro.
- Não, não vá, vamos nos casar, eu posso nos sustentar.
- Eu não quero que eu e meu filho sejamos uma barreira em sua carreira. Tenho que ir, Pedro, será o melhor para nós dois.
- Não, não é o melhor, estou sofrendo com sua partida.
- Também estou, mas é a melhor decisão.
Pedro tentou por longos minutos convencer Maria a ficar, mas esta recusou todos os seus argumentos.
- Por favor, antes de ir, conte-me a verdade a respeito de Pedro.
Houve um silêncio no outro lado da linha.
- Tudo bem, encontre-me às 19h no aeroporto que eu lhe contarei tudo.
E desligou. Pedro olhou para o relógio, já era quase 19h. Arrumou-se apressadamente para não perder tempo. Pegou seu carro e saiu em alta velocidade. Saiu costurando alguns veículos, mas, quando chegou próximo ao aeroporto, ficou preso em um congestionamento. Buzinava nervoso, colocava a cabeça para o lado gritando e tentando ver o que estava acontecendo.
Passado algum tempo, olhou para o relógio e viu que já havia passado das 19h30min. Sabia que o voo não sairia agora, Maria só chegaria mais cedo. Se o trânsito voltasse a andar, ainda conseguiria encontrá-la. Estava na esperança de vê-la para saber a verdade e ainda convencê-la a ficar.
Alguns minutos passaram e o trânsito lentamente voltou a andar. Passado mais alguns minuto, avistou algumas ambulâncias e alguns carros de polícia. Parecia que tinha acontecido um grave acidente envolvendo vários veículos. Quando passou por estes, viu muitos corpos espalhados pelo chão, então lembrou-se de Susana.
Quando o trânsito ficou novamente livre, voltou a acelerar. Na primeira vaga que encontrou, estacionou e desceu correndo sem trancar o carro. Entrando no aeroporto, foi empurrado de um lado para o outro devido a grande quantidade de pessoas transitando por ali. Após driblar a grande multidão, conseguiu chegar ao balcão da empresa que Maria estava embarcando. Como suspeitava, o voo ainda não havia saído, então correu para tentar encontrá-la.
Ficou em frente ao portão e perguntou a uma funcionária se os passageiros ainda estão ali. A funcionária verificando o salão, avisou que todos já estavam dentro da aeronave. Pedro pegou o celular para tentar falar Maria, mas o celular dela estava desligado. Correu para tentar comprar uma passagem no mesmo voo, mas, quando lá chegou, recebeu a notícia que o avião estava se preparando para decolar.
Seus olhos encheram-se de lágrimas, correu para observar se o que ouvira era verdade. Chegando, quase não conseguiu ver o avião subir. Ficou observando-o afastar-se chorando muito. Uma senhora, que estava próxima dele, colocou sua mão em seu ombro, consolando-o.
- Eu sei o quanto é difícil…
Pedro riu educadamente e retirou-se. Lentamente, cabisbaixo, caminhou até seu carro. Ao entrar, colocou a cabeça sobre o volante e chorou como um bebê. Em pouco tempo havia perdido as mulheres que amara. Susana em seu casamento fora assassinada e Maria tinha ido embora para nunca mais voltar e não deixara nenhum contato. Mas, talvez, o que mais doía em seu coração era a dúvida do parentesco com o pequeno Pedro que nunca seria tirado.
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